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Sem verba do imposto sindical, centrais encolhem eventos do 1º de maio

por Julio Costa

Primeira comemoração do Dia do Trabalho após a entrada em vigor da reforma trabalhista terá menos atrações, um efeito direto das condições financeiras dos sindicatos; Força Sindical investiu R$ 500 mil a menos em seu evento em São Paulo.

Primeiro de maio
Funcionários montavam ontem o palco da Força Foto: Felipe Rau/Estadao

 

Na primeira comemoração do Dia do Trabalho após a entrada em vigor da nova legislação trabalhista, a festa encolheu, um efeito principalmente do fim da contribuição sindical obrigatória. O evento que tradicionalmente reúne o maior público na data, realizado pela Força Sindical em São Paulo, perdeu R$ 500 mil em investimento. Na festa anterior foram gastos R$ 2,5 milhões, valor que, na média, vinha sendo mantido havia alguns anos.

“Os sindicatos, que também bancam parte da festa, estão sem condições financeiras”, justificou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. Este ano, o número de carros a serem sorteados, um dos grandes atrativos do evento que já chegou a ter público de mais de 1 milhão de pessoas, também diminuiu, e haverá menos “estrelas” se apresentando no palco hoje.

A Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) também sentiu a mudança de cenário. Depois de ter feito uma festa grandiosa no Sambódromo de São Paulo no ano passado, com cantores como Emicida e Fernando & Sorocaba, a central não programou evento para hoje. “A ideia era repetir o formato (da comemoração), mas a reforma afetou nossa estrutura”, disse Álvaro Egea, secretário-geral da CSB.

A Central Única dos Trabalhadores (CUT), que costuma fazer atos mais modestos, vai focar seus eventos pelo Brasil na defesa da liberdade do ex-presidente Lula, condenado e preso na Operação Lava Jato. A central programou atos em diversas cidades – em São Paulo será na Praça da República, a partir das 12h. O principal ato deste ano será em Curitiba, onde Lula está preso desde 7 de abril (leia mais na página A9).

A reforma trabalhista deve ser o principal alvo das críticas econômicas dos sindicatos nos eventos de hoje. “Ao contrário do que prometiam seus defensores, a reforma não reduziu a insegurança jurídica, ao contrário, aumentou; também não está gerando empregos e nem modernizou as relações trabalhistas”, afirma Álvaro Egea, secretário-geral da CSB.

Para Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), “a reforma é mentirosa e criminosa”. A entidade este ano focou suas ações em um seminário sobre a indústria 4.0 e o emprego do futuro e em um debate com candidatos à presidência da República.

Na opinião do pesquisador em economia do trabalho do Ibre/FGV, Tiago Barreira, porém, também há insegurança jurídica por parte das empresas diante de ações na Justiça promovida por sindicatos para manter o imposto sindical aprovado em assembleias. E ressalta que o fim da contribuição obrigatória também afeta os sindicatos patronais. “As entidades precisam buscar fontes alternativas de receita.”

Atrações. No ano passado, a Força Sindical sorteou 17 modelos Hyundai HB20 (que no mercado custa R$ 44 mil) ao público que foi à Praça Campo de Bagatelle, na zona Norte de São Paulo. Hoje, serão 15. O grandioso palco para receber artistas, políticos e sindicalistas está 20% menor. Entre os políticos, devem estar presentes o presidente do Câmara, Rodrigo Maia, o governador Márcio França e o prefeito Bruno Covas. Entre os cantores a se apresentar estarão Leonardo e a dupla Simone & Simaria.

Juruna acredita em um público de 500 mil pessoas, ante as cerca de 700 mil em 2017. Em anos anteriores a Força chegou a atrair mais de um milhão de pessoas. Segundo ele, todos os candidatos à presidência foram convidados – “exceto Bolsonaro, pois o discurso dele não é bem vindo no meio dos trabalhadores”. Segundo ele, boa parte dos custos da festa é bancada por patrocinadores como a Caixa Econômica Federal e a montadora Hyundai.

A AMAFMG é contra a contribuição obrigatória em parcela única anual de todos os trabalhadores da determinada categoria.

Tudo isso, devido que é visível o não retorno aplicável do recolhimento na própria categoria. Há um comodismo por parte dos sindicatos, que não tem como objetivo a filiação dos funcionários, até porque tinham a garantia desse valor todo ano.

Independente se o servidor queria ou não contribuir.

Com o fim da contribuição, sindicatos deverão agora realmente mostrarem o porque quiseram montar suas chapas e representar suas categorias. Viver de fundos de filiações, que para isso deverão atuar na busca de convênios para a categoria, atraindo filiados, sem dizer a verdadeira representação classistas.

A maioria dos sindicatos usavam esse dinheiro para promover festas comemorativas do dia do trabalho em locais públicos ou privados, custeando viagens, bens e lazeres diversos das chapas eleitas.

Sem dizer o grande interesse que varias pessoas tinham em montar chapas p assumirem os sindicatos.

Será que agora, os que estão vão querer continuar ? E aqueles que tentaram com suas chapas, vão ainda querer concorrer às eleições sem a contribuição?

Vale saber que grupos a anos dentro de sindicatos, fraudavam eleições, ou datas, ou não divulgavam a data das eleições com medo de perder a “bocada”.

Estranho né!!!

Porém agora acabou.

Como mostra no link, as festas bancadas pelos sindicatos, automaticamente com o dinheiro de contribuição dos seus servidores não são as mesmas, arregadas.

A AMAFMG é contra a contribuição.

Se querem sindicalizar, representar mostre trabalho, lutem pela categoria, forneçam benefícios paras mesmas.

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