Home GOVERNO ESTADUAL Juiz afirma que cadeia no Brasil favorece crime organizado e diz que Nelson Hungria está fragilizada

Juiz afirma que cadeia no Brasil favorece crime organizado e diz que Nelson Hungria está fragilizada

por Julio Costa

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Somente no primeiro mês deste ano foram apreendidos 134 celulares dentro da Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O número insuficiente de agentes e a falta de bloqueadores de sinal fazem com que o presídio seja de segurança máxima apenas no nome, segundo o juiz de execuções criminais Wagner Cavaliere. Ele é o entrevistado desta segunda-feira do podcast “Abrindo o Jogo”, com Edilene Lopes.

Ouça este e outros podcasts do “Abrindo o Jogo” 

Dos 12 pavilhões da unidade, que tem uma muralha de quatro quilômetros de extensão, três são ocupados por presos do Primeiro Comando da Capital (PCC), uma das maiores facções criminosos do Brasil.

As fugas frequentes expõem a fragilidade do sistema e hoje, por determinação do juiz, não entram mais presos na unidade que, no ano passado estava superlotada. Atualmente, a Nelson Hungria tem cerca de 200 detentos a mais do que deveria, e esse número já ultrapassou a casa dos mil.

Cavalieri defende penas aumentadas para presos que fogem, afirma que, hoje, a cadeia no Brasil favorece o crime organizado e destaca que a Nelson Hungria, apesar do nome, não é uma penitenciária de segurança máxima e precisa de atenção. “Os resultados dos últimos anos demonstram isso, que a Nelson Hungria está fragilizada”.

A entrevista completa com o juiz Wagner Cavaliere você ouve no “Abrindo o Jogo”, disponível nas plataformas digitais e no Itacast. No Podcast você vai saber como é a vida de um juiz que acompanha as penas consideradas mais perigosas em Minas Gerais, o que ele acha que precisa mudar no sistema prisional brasileiro e como combater a corrupção no sistema prisional.

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