Home NOTÍCIAS 24 DE JUNHO DE 1997 – “O DIA EM QUE A PM e BM PAROU” – Há 28 anos.

24 DE JUNHO DE 1997 – “O DIA EM QUE A PM e BM PAROU” – Há 28 anos.

por AMAFMG Agentes Fortes

24 DE JUNHO DE 1997 – “O DIA EM QUE A PM MG PAROU” –

MOVIMENTO REIVINDICATÓRIO DA POLÍCIA MILITAR E CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE MINAS GERAIS. HISTÓRICO.

Um Pouco do que ocorreu nessa data.
Que custou a Vida do Bravo, Cabo Valério.

Em 24 de junho de 1997 militares “praças” da PM e do BM cansados de serem tratados com falta de dignidade e respeito por parte de superiores “oficiais”, esgotados por receber um salário humilhante, que custava dá para alimentar a familia do militar, a união fez a força e houve um grito de luta contra o sistema.

Era uma vida de radicalidade que o policial de MG, até pra se casar tinha pedir permissão para os superiores do alto comando

Os praças eram tratados com falta de humanidade, se for contar no dia a dia dentro da farda dentro de quartéis , Cia e batalhões era muita humilhação. Praças não tinha direito a nada.

Na época do Governador era Eduardo Azeredo no ano de 1997

Neste ano foi concedido aumento salário para os oficiais e pros praças nada

Esse governo em.suas palavras até disse que os praças os seus comandantes os seguram. E assim foi feito , os praças tratados assim na covardia.
E o governador de MG dando as costas sem se quer buscar o diálogo

Isso causou o pânico geral, foi a chama que precisava no barril de pólvora e dia 13 junho de 1997 que indicou dentro do batalhão de choque.

E foi dias tensos até o dia 24 de Junho, onde realmente a revolta generalizou pelos praças. E novamente dentro do batalhão de choque as chamas acenderam.

Iniciando uma revolta geral e na época o Cabo Julio (logo depois deputado estadual) puxando o movimento em seguida surge outro líder “sargento Rodrigues”, e a revolta chegou no interior, por toda as Minas Gerais.

E a primeira exigência que que o Governador estendesse o aumento salarial aos praças também e não só aos estrelados.

E assim surgiram outras lideranças como o subtenente Gonzaga, dentre outros.

Porém o governo foi resistente e os oficiais do lado do governador.

E se iniciou movimentos que os praças começaram a sair às ruas principalmente da capital mineira , e dali resolveram buscar pontos centrais como a praça da liberdade e com isso vários ônibus, veículos particulares de praças do interior chegava em BH.

Como cabo Julio era liderança do movimento, o mesmo chegou a ser ameaçado, este ali no movimento em cima de um local falando aos microfones com os milhares de praças. Ao ponto de receber um colete a prova de bala.

Vou momento um oficial superior de nome Coronel Bahia tentou entrar nos portões do Clube dos Cabos e Soldados sobre o pretexto de apoiar, é foi colocado para fora aos gritos de “você é um traidor”, “pediram aumento só para vocês e para nós não”, “nenhum comandante de batalhão irá nos segurar”.

Um militar lembra e cita que as lideranças principais do movimento solicitou aos manifestantes para tirarmos as armas do coldre e colocássemos na cintura e que em nenhum momento da trajetória caminhando pelas ruas era para sacar armas.

E que também comportassem e que o movimento fosse sem bagunça

Esse militar conta que a caminhada
inciou pela avenida Amazonas, passamos pelo Instituto de Investigações onde vários policiais civis se juntaram ao movimento

E assim chegou
na primeira parada no Pirulito da Praça 7, segundo pela avenida Afonso Pena em direção a Praça da Liberdade.

Ja quase ao Palácio do Governo, havia uma barreira de cordão de isolamento em frente ao QCG, composto em sua maioria por cadetes femininas.

E com objetivo de não deixar chegar até o Palácio do Governo, foi ai a gota d’água, quem estava na frente começou subir as escadas do QCG e outro grupo tentaram ultrapassar o cordão de isolamento.

INÍCIO DOS TIROS.

O local estava completamente reforçado por mais oficiais, em outro cordão de isolamento, segundo informações de policiais do interior

La dentro do prédio havia oficiais fortemente armados e com ordens para atirar em caso de invasão com munições reais.

Havia militares especializados no dia, várias partes do prédio até mesmo na cobertura , usando balaclavas , um preparo de guerra pelo governador, protegido por oficiais.

As lideranças como citado, o 2° Sargento Rodrigues (hoje deputado estadual) , Cabo Julio, cabo Valério , tentava segurar a tropa de praças para não invadir, isso já nas escadarias.

O inesperado aconteceu um atirador de elite deu primeiro disparo e após um outro tiro “dado para o alto” por um praça.

Nesse meio, o Cabo Valério foi atingido por um tiro.

Um Oficial chegou a fugir do local e depois entregou a arma a um promotor de justiça.

Logo após os dois últimos disparos, houve uma gritaria e correria pois naquele momento um dos dois disparos atingiu a cabeça do cabo Valério, transfixando, ou seja arma de alto calibre.

Cano Valério foi levado as pressas e internado no Pronto Socorro João XXIII, nas resistindoe vindo a falecer dias após.

Logo após o cabo Valério ter sido atingido, aí sim o governo por seus representantes reuniu com liderança do movimento

E assim, após esse movimento de revolta , o governador deu o aumento de salário também para os praças e não sou para os oficiais.

Porém, isso não ficou apenas com a morte do cabo Valério , alguns militares (todos praças) receberam como punição detenção diversas.

E o total de 182 militares foram expulsos.

Porém militares do
“Movimento Reivindicatório de 1997”, que foram excluídos e posteriormente foram anistiados, através de um acordo entre os lideres principais do movimento com o candidato favorito a governador Itamar Franco.

E logo após reintegrados ao CBMMG. De acordo com o Decreto nº 40.400 de 04 de junho de 1999, publicado no Minas Gerais nº 89 em 05 de junho de 1999

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