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Cabo da PM que atirou na cabeça de motorista de app em BH vai continuar preso

por AMAFMG Agentes Fortes

Justiça converteu a prisão em flagrante para preventiva; vítima segue internada em estado grave no João XXIII

A vítima foi socorrida para o hospital João XXIII em Belo Horizonte — Foto: Reprodução de vídeo / Redes sociais

A justiça converteu, nesta segunda-feira (2 de outubro), para preventiva a prisão do cabo da Polícia Militar (PM) suspeito de atirar na cabeça do vigilante e motorista de aplicativo Bruno Adão Gomes da Silva, de 35 anos, na avenida Otacílio Negrão de Lima, no bairro Bandeirantes, na região da Pampulha, em Belo Horizonte. O caso ocorreu durante uma briga de trânsito no último sábado (30 de setembro). A vítima segue hospitalizada em estado grave (veja abaixo).

Em audiência de custódia, a juíza Juliana Kirche homologou a prisão em flagrante pela prática do crime de lesão corporal e determinou a conversão para preventiva em virtude da gravidade do crime. O representante do Ministério Público manifestou pela permanência da prisão do policial alegando a necessidade de se aprofundar os trabalhos investigativos.

A magistrada destacou que o acusado sacou a arma de fogo e atirou na cabeça da vítima durante uma briga de trânsito e que a área atingida é uma “região vital”. O militar, na análise de Juliana, colocou outras pessoas em risco, pois os fatos se deram em praça pública de lazer, frequentada por crianças e adultos.

A investigação segue sendo realizada pela Polícia Civil que decidirá por indiciar ou não o cabo da PM. 

‘Decisão acertada’   

A conversão da prisão do policial para preventiva foi celebrada pela advogada Bruna Marques Vitebro, que atua na defesa da vítima. “Recebemos com satisfação essa notícia. É a primeira etapa de uma longa batalha. Estávamos temerosos por sequer conseguir isso. O promotor do Ministério Público e a juíza fundamentaram muito bem”.

Bruna ressaltou ainda que o cabo tentou executar Bruno, visto que o disparo foi efetuado na cabeça. “Não cabe lesão corporal neste caso. Estamos falando de um homicídio tentado. Foi uma tentativa de execução”.

Os advogados da vítima [Bruna e Gilmar Francisco dos Santos] participaram da audiência, no entanto não puderam se manifestar. Bruna contou que a defesa do militar alegou que o disparo foi efetuado, pois a vítima seria “bandido”.

“Ficamos estarrecidos quando isso foi dito. A vítima é uma pessoa trabalhadora e que sequer tem passagens pela polícia”, afirmou.

Estado de saúde

Bruno Adão segue internado no Hospital João XXIII, em Belo Horizonte, em estado grave. “Está no Centro de Terapia Intensiva (CTI) e sem previsão de alta. Em códigos, ele falou com a família que está se sentindo ameaçado dentro da unidade de saúde e vamos apurar melhor”.

A família está, agora, tentando a transferência da vítima para um hospital da rede particular. As sequelas deixadas pelo disparo foram elencadas pela advogada.

“Meu cliente perdeu massa encefálica, perdeu o globo ocular do olho direito. Ele ainda não sabe que perdeu totalmente a visão desse olho. A equipe de psicologia está fazendo o acompanhamento. Ele está muito abalado”, complementou. 

FONTE: https://www.otempo.com.br/cidades/cabo-da-pm-que-atirou-na-cabeca-de-motorista-de-app-em-bh-vai-continuar-preso-1.3246224

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