Seis presídios da Zona da Mata e Campo das Vertentes registraram, ao todo, 123 casos de Covid-19 em detentos desde o início da pandemia. O levantamento foi feito pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), por meio do Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG), após pedido do G1.
Os dados são de março de 2020 até a quinta-feira (4). Em Juiz de Fora, um preso morreu em julho do ano passado após ter contraído a doença. Já em Viçosa, nenhuma notificação foi confirmada. Veja abaixo os números por municípios das duas regiões.
Casos de Covid-19 nos presídios das regiões
| Cidade | Casos de Covid-19 |
| Juiz de Fora | 6, sendo que um evoluiu a óbito |
| Barbacena | 2 |
| Muriaé | 3 |
| Cataguases | 4 |
| Matias Barbosa | 22 |
| Ubá | 86 |
| Viçosa | 0 |
| Total | 123 |
Fonte: Sejusp
Visitas
Desde setembro do ano passado, a Sejusp realiza a retomada gradual das visitas presenciais nos presídios de Minas Gerais que foram suspensas por causa da pandemia do novo coronavírus. A medida segue o “Minas Consciente”.https://de49a20a043f45ff68ceae34124d2749.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-37/html/container.html
Segundo a pasta, somente nas macrorregiões de Onda Verde e Amarela podem ocorrer a visitação, com diferenças nos protocolos de duração das visitas.
A situação nos presídios é atualizada nas quintas-feiras e podem mudar de acordo com a semana e decisões do Estado.
Atualmente, as unidades de Juiz de Fora, Barbacena, Muriaé, Cataguases, Ubá e Matias Barbosa podem receber visitas. Já Viçosa está localizada na macrorregião Leste do Sul, que prossegue na Onda Vermelha atualmente.
Medidas tomadas
Durante a pandemia, a Sejusp adotou um modelo para diminuir a contaminação da Covid-19 nos presídios.
Na ocasião, foram criadas 30 unidades de referência, distribuídas em todo território mineiro, que funcionam como centros de triagem e portas de entradas para novos custodiados, como é o caso em Matias Barbosa.
Todas as pessoas presas no Estado são encaminhadas para uma unidade específica em cada região e ficam, pelo menos, 15 dias, em quarentena e observação. O objetivo é evitar um possível contágio caso fossem encaminhadas de imediato para outras unidades.
Veja abaixo outros cuidados que são tomados nos locais:
- No caso de um preso que já se encontra no sistema prisional e o mesmo tenha sintomas da Covid-19 é realizado um protocolo. O detento é isolado e realiza todos os exames;
- Profissionais de segurança trabalham com escalas de trabalho diferentes como forma de diminuir a circulação;
- Algumas audiências são realizadas de forma remota, através de videoconferência. Ao todo, já foram feitas mais de 16 mil desde o início da pandemia;
- Serviço de higienização é realizado em todas as estruturas das unidades.
