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Morte de escrivã e saúde mental de policiais motivam audiência pública em MG

por AMAFMG Agentes Fortes

Audiência pública é realizada nesta sexta-feira (30), às 13h, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG)

Rafaela Drummond deixou áudios revelando os assédios sofridos no trabalho — Foto: Arquivo pessoal

A morte da escrivã Rafaela Drumond é tema de uma audiência pública nesta sexta-feira (30), às 13h, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Além do autoextermínio da servidora, que pode ter sido motivado por episódios de assédio moral e sexual, a audiência busca discutir a saúde mental dos policiais civis. A chefe da Polícia Civil do Estado, Letícia Gamboge, o corregedor-geral da instituição, Reinaldo Lima, e a secretária estadual de Planejamento e Gestão, Luísa Barreto, além de familiares da escrivã foram convidados para a reunião.

A audiência foi convocada pelo deputado Sargento Rodrigues (PL), membro da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. A justificativa para a reunião é de que, além de debater a morte de Rafaela, os presentes possam discutir as condições de trabalho na Polícia Civil de Minas Gerais. Conforme a convocação, os policiais se “sentem vulneráveis diante de perseguições que ocorrem na instituição, devido à falta de efetivo, à sobrecarga de trabalho e à falta de equipamentos para a devida prestação da política pública”.

A investigação sobre a morte da escrivã é conduzida pela Corregedoria Geral da Polícia Civil (CGPC). Nesta quinta-feira (29), o delegado e o investigador da Polícia Civil que trabalhavam na delegacia de Carandaí, no Campo das Vertentes, mesmo local onde a escrivã Rafaela Drumond, de 32 anos, atuava, prestaram depoimentos na delegacia de Barbacena.

Eles são investigados e suspeitos de terem assediado a escrivã. A polícia apura se os supostos casos de assédio teriam induzido a servidora a cometer o suicídio. O delegado e o investigador foram transferidos, na sexta-feira passada (23), para a delegacia de Conselheiro Lafaiete, na mesma região. A mudança do delegado foi “a pedido”, enquanto a do investigador foi por determinação da polícia.

O Sindicato dos Escrivães de Polícia de Minas Gerais (Sindep-MG) contesta a transferência dos servidores, e pede pelo afastamento deles. “Por ora, consideramos que seria razoável o afastamento preliminar dos investigados até a conclusão do procedimento instaurado, pois evitaria constrangimentos a eventuais vítimas ou testemunhas durante as investigações em curso”, justificou o Sindicato.

Fonte: https://www.otempo.com.br/cidades/morte-de-escriva-e-saude-mental-de-policiais-motivam-audiencia-publica-em-mg-1.2950651

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