A pena chega a mais de 10 anos para cada um e ainda cabe recurso. Ação foi descoberta após investigações que resultaram na Operação ‘Jogo Duplo’, realizada em abril do ano passado.
Dois policiais penais, que não tiveram as identidades reveladas, foram condenados a mais de 10 anos de prisão por facilitar a entrada de drogas e celulares no presídio de Leopoldina. A ação foi descoberta após investigações que resultaram na Operação “Jogo Duplo”, realizada em abril do ano passado. Ainda cabe recurso da decisão.
De acordo com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o julgamento ocorreu na última semana, quando também foi determina a perda do cargo público. Os crimes ocorreram entre 2019 e 2020.
Conforme a decisão, a dupla foi condenada a uma pena de 10 anos e oito meses de reclusão e de um ano e três meses de detenção, além de 1.000 dias de multa, por associação para o tráfico ilícito de entorpecentes.
O MPMG apontou que além da entrada de aparelhos telefônicos e de substâncias entorpecentes, os policiais penais, com ajuda de outros indivíduos, facilitavam a entrada de materiais ilícitos para o interior das celas e, com isso, colocaram em risco a ordem pública e o próprio sistema prisional.
O promotor de Justiça do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) Regional da Zona da Mata, Breno Costa da Silva Coelho, destacou a decisão do judiciário.
“O Poder Judiciário, em decisão bem fundamentada, apresenta uma justa e contundente resposta às práticas criminosas ocorridas no interior do estabelecimento prisional, que colocam em evidente risco a ordem pública e a paz social”.
Como as identidades dos policiais penais não foram reveladas, o G1 não conseguiu contato com as defesas dos condenados.