Home MINAS GERAIS Secretário de Administração Prisional participa de debate sobre Projeto de Lei de regime penitenciário de segurança máxima.

Secretário de Administração Prisional participa de debate sobre Projeto de Lei de regime penitenciário de segurança máxima.

por AMAFMG Agentes Fortes

No dia 22 de março de 2017 o desembargador Francisco Kupidlowski, secretário de Estado de Administração Prisional, esteve em Brasília  para participar como palestrante da audiência pública relativa ao Projeto de Lei do Senado n° 7.223/2006.

A proposta é de alterar a Lei de Execução Penal para se criar o regime penitenciário de segurança máxima.

O Projeto de Lei pretende instituir o regime de segurança máxima nas unidades prisionais brasileiras.

Para isso, seria alterada a Lei de Execução Penal que, atualmente, conta com o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), com punição para presos que desobedecem a disciplina penitenciária. A proposta inclui medidas contra o crime organizado e possui caráter preventivo, no sentido de evitar abusos dos presos.

O novo regime proposto terá duração de 720 dias e pode ser prorrogado. Além disso, prevê recolhimento em cela individual, banho de sol de duas horas diárias no máximo, proibição de comunicação com outros presos e também com os agentes penitenciários e eventuais saídas do presídio deverão ser monitoradas. O texto sugere ainda a filmagem de visitas de parentes.

Nesses encontros, o preso e o familiar devem ficar separados por uma cabine de vidro e se comunicarão por interfone.

À frente da pasta desde agosto de 2016, Kupidlowski tem um grande desafio. A Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap) de Minas Gerais abriga 67.159 presos.

É a segunda maior população carcerária do País.

Para o secretário, o atual problema do sistema prisional brasileiro não será solucionado apenas com a construção de novos presídios e penitenciárias e com a integralização de tecnologias. “Primeiro, porque crimes ocorrem todos os dias e pelos mais variados motivos. Portanto, fica difícil zerar o déficit de vagas. Segundo, porque as tecnologias disponíveis ao Estado, muitas vezes, também estão acessíveis aos criminosos e malfeitores.

A solução está na educação e na família. Não podemos tratar dos galhos e ignorar que a árvore está doente”.

Durante o pronunciamento, Francisco Kupidlowski destacou a relação triádica que adota na gestão da Secretaria.

Segundo ele, o Sistema Prisional precisa focar em três pilares:

humanização durante o cumprimento da pena,

segurança nas unidades

e valorização do servidor.

 

“Uma ação completa a outra”, afirma o secretário.

 

No que se refere ao Projeto de Lei, Kupidlowski argumentou que a definição legal por si só não terá o condão de fazer frente aos problemas graves. “Vejo o regime de segurança máxima como um plus no RDD. O permissivo legal para que a administração prisional possa adotar medidas imediatas na contenção de lideranças – nos casos de subversão da ordem, motim ou rebelião – certamente é o maior ganho da proposta em debate.

 

Precisamos sair da retórica e apresentar à sociedade algo factível em termos de controle da criminalidade. É preciso respeitar os direitos dos presos. De igual modo, é preciso fazer com que o preso respeite as regras afetas à sua condição de preso”.

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